quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Luz

E assim sigo por um caminho sem vento. Sem uma nuvem no firmamento. Sigo pousando um pé de cada vez, falta-me pressa de chegar ao destino.
Respiro fundo o ar da madrugada, frio como o gelo, e por momentos sinto-me pairar, tão leve, tão só na plenitude de ser, no agora. Quase voava, se não fosse tão belo só ficar, olhar, ouvir os sons do mundo. A própria mente se cala para contemplar esta beleza que é viver.
O que não daria para ficar nesta paz para sempre... E nunca mais voltar para a escuridão imposta por uma mente insana.
Mas porquê voltar depois de ser inundada por tanta luz?