sexta-feira, 31 de agosto de 2018

(in) certezas

Cheguei a mais uma (in)certeza.

Entre as inúmeras e incontáveis queixas que a minha mente cria ao longo do dia, e a minha boca solta ao longo da semana e do mês, noto a recorrente e simples "odeio ser tudo incerto".
O futuro na profissão que escolhi é incerta, o meu estado profissional actual é incerto, estou a contar com umas resposta que não sei quando ou se irá chegar, não consigo planear a próxima semana com a antecedência que desejava - o futuro, então, é o caos completo.
Gosto de planear, gosto de saber o que vou fazer e quando. Planeio o dia seguinte, a que horas tenho que estar onde, quanto tempo demoro em determinada actividade, a que horas tenho que sair? Agenda aqui, agenda ali, tudo ao pormenor, para não ser apanhada de surpresa. E "boom", adeus paz, tudo se desencaixa.

Mas apresentem-me uma fórmula, digam-me que as coisas funcionam de forma X, ou de forma Y, e eu digo-vos "depende". Digam-me a solução para o meu problema, e eu mostro-vos como penso em todas as possibilidades e incertezas e não há solução.
Tentem marcar uma coisa comigo para daqui a um mês, e eu digo-vos que é muito cedo para saber se posso, porque a vida acontece e até lá quantas vezes a terra já girou?

Eu não suporto incertezas, mas sou viciada nelas.
Não são as incertezas inúmeras possibilidades para sermos quem quisermos ser, e a liberdade para escolher mudar o nosso caminho?