sábado, 15 de setembro de 2018

Promessa

Nunca tinha reparado em ti. Não, com esse ar antipático e desinteressado.
Num segundo não te conhecia, no segundo seguinte os nossos lábios brigavam loucos, as línguas entrelaçavam-se, e as mãos tinham bicho carpinteiro. Contra a parede, contra a minha consciência. Eram só sensações misturadas, e enquanto a minha mente sussurrava não, todo o meu corpo gritava sim.
O desafio que os teus olhos me lançavam, alimentavam a minha vontade de quebrar essa tua confiança. De te fazer implorar por mim. E deixaste-me ir embora, com a promessa de que não ficávamos por ali.
Vais cumprir?