quarta-feira, 23 de maio de 2018

Hoje, recordei-te

Hoje, entre o beijo do sol na minha pele, recordei-te.
Recordei os caminhos de fogo que traçavas com os teus lábios, e como me enlouquecias nos teus braços.

Hoje, não reconheço essa insanidade com que me arrebataste a mente e o coração. 
Gostava de voltar a tocar essa paixão que me atordoava, que me deixava a tremer só de lembrar ou de antecipar a tua companhia. Essa paixão era combustível que não parava de me consumir. 
Não só o meu corpo te desejava, mas também a minha mente. Quem eras tu? Tão senhor de ti, que um olhar bastava para captares a minha atenção.

Hoje, recolho pequenos pedaços de lembranças desses tempos, e vejo como possuías todo o meu ser. Não só os meus pensamentos, mas conseguiste também o meu coração. Nas pausas entre a paixão que me (nos?) consumia, davas-me a tua mão para eu segurar e abraçavas-me na esperança de acalmar os fantasmas que me perseguiam. 

Hoje, questiono se foi tudo um jogo para ti, ou se o carinho entre nós não foi só imaginação minha.
Afastaste-te da mesma forma inexplicável com que te aproximaste, e parece que o mistério ficará para sempre por resolver. 

Criaste um patamar difícil de alcançar.

Sem comentários:

Enviar um comentário